sábado, 9 de abril de 2011

Educação e investimento

O programa globo news especial, do canal pago globo news, aborda o tema educação em quatro programas. No primeiro programa a educação é considerado um excelente investimento, e começar pela educação infantil é ótima estratégia.

De fato, a educação formal é considerada por muitos cientistas como um dos principais agentes de transformação e desenvolvimento sócio-econômico de um país. Por meio dela, cada cidadão tem a possibilidade do desenvolvimento de processos cognitivos que são necessários à vida cotidiana e ao mundo produtivo.
Com as mudanças econômicas mundiais, crescimentos em uns países e crises em outros, e com a implantação dos sistemas de avaliação da qualidade do ensino oferecido nas escolas brasileiras, os resultados dos desempenhos dos alunos têm chamado a atenção de diversos profissionais, principalmente empresários, economistas, cientistas sociais, dentre outros. Há ainda uma preocupação com a Educação no Brasil originada dos investidores estrangeiros com o interesse de planejar os rumos econômicos dos seus investimentos.
Em âmbito empresarial, a Teoria do Capital Humano relaciona a melhor capacitação do trabalhador com o aumento de produtividade. A formação escolar e profissional pode potencializar a capacidade de trabalho e de produção. A educação é considerada um investimento produtivo e independe das relações sociais de produção e da divisão de classes.
Apesar de ser um tema importantíssimo e que perpassa várias áreas de conhecimentos e vários cenários da sociedade, é preciso cuidado com os interesses capitalistas voltados unicamente para a formação de mão-de-obra qualificada.
A educação de qualidade, em uma perspectiva histórico-crítica, dialética, comprometida com a transformação social e com a consolidação da democracia, promove a construção de novos conhecimentos e o desenvolvimento de habilidades e atitudes que resultem em sujeitos críticos, reflexivos, autônomos, capazes de mobilizar conhecimentos e procedimentos para solucionar problemas, para aplicar no trabalho, e para intervir no ambiente em que vive, e também capazes de se apropriarem da cultura acumulada.
Apesar das aceleradas mudanças que vem ocorrendo na sociedade, as escolas e as universidades não devem se voltar para as “necessidades estreitas da indústria e do comércio” (Silva, p.24). A educação deve ser protegida do processo de mercantilização.
Com certeza isso é conversa que “dá pano pra manga”. Assunto para outra postagem.

Referência
GENTILI, Pablo A. A. e SILVA, Tomas Tadeu da. (Orgs.). Neoliberalismo, qualidade total e educação: visões críticas. 5.ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 1997.

Todos pela educação

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